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Bactéria agressiva mata médico em BH em 15 dias!
Bactéria agressiva mata médico em BH em 15 dias!

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20/09/2006


Bactéria agressiva mata médico de BH em 15 dias

A morte do ginecologista e ex-presidente da Associação Médica de Minas Gerais, Ricardo Savassi Biagioni, de 58 anos, no dia 15, chamou a atenção para uma bactéria que sempre existiu no ambiente, mas que ainda é desconhecida por boa parte da população e da própria classe médica: a legionella.

Considerada uma bactéria agressiva, seu grau de influência no organismo depende da resistência do paciente e o fato de Biagioni ter sido fumante por muitos anos contribuiu para a gravidade da doença, que causou-lhe uma infecção pulmonar.

O empresário Renato Biagioni, irmão do médico, conta que ele foi internado no dia 31 de agosto no Hospital Madre Tereza, em Belo Horizonte, apresentando um quadro de vômito, diarréia e febre alta. Pensamos que poderia ser um rotavírus, mas não melhorava. O Ricardo foi internado direto na UTI e ficou lá por 15 dias. Soubemos que era legionella e ele recebeu o tratamento, mas não adiantou, afirma. Biagioni diz que não tem certeza de como o irmão foi infectado pela bactéria. Uma semana antes de ser internado, ele viajou para o Rio de Janeiro e voltou no mesmo dia. Imaginamos que poderia ter sido o ar do avião, mas ele já vinha apresentando os sintomas antes. Talvez a viagem possa ter agravado a doença, mas não podemos afirmar, explica.

O infectologista Estevão Urbano, que fez parte da equipe que atendeu o ginecologista, explica que a bactéria está presente na ar cliamtizadoi, sem distinção de regiões, e é contraída pelo ser humano por meio da inalação. A pessoa respira os aerossóis, que são gotículas de água ou de ar contaminado pela legionella. A bactéria passa pela traquéia, vai para os pulmões e fica incubada de cinco a 10 dias, causando depois desse período a pneumonia. Se a bactéria chega à corrente sangüínea, ela pode afetar também outros órgãos, como o coração, o fígado, os rins e o sistema nervoso central, conta. De acordo com o infectologista, a bactéria não é transmitida entre pessoas.

Os sintomas são parecidos com os de uma gripe e podem confundir tanto o doente como o médico, mas com o tempo vão se agravando. Febre, indisposição, dores nas articulações e nos músculos, tosse insistente, diarréia, vômito e falta de ar são os sinais mais importantes para que a legionella possa ser considerada. Para o diagnóstico correto da contaminação por bactéria, são coletados a urina, o sangue e as secreções pulmonares do paciente, para análise do antígeno (que são os fragmentos da bactéria) e dos anticorpos.

Em pacientes considerados saudáveis, a bactéria pode causar apenas uma gripe e sumir mesmo sem receber medicação. Nos outros casos, o tratamento é realizado com antibióticos, mas pessoas que apresentam baixa no sistema imunológico têm maior probabilidade de desenvolver pneumonias graves, com índices de mortalidade próximos a 40%. Idosos, alcoólatras, fumantes inveterados, portadores de doenças crônicas no pulmão, transplantados e pacientes que fazem uso de corticóide têm mais facilidade para desenvolver a doença, mas ela não é restrita a essas condições, explica Urbano.

Último surto foi registrado em 1976

O primeiro registro de legionella ocorreu em 1976, em um congresso de legionários por isso o nome da bactéria na Filadélfia, nos Estados Unidos. Entre os mais de 4 mil participantes, 220 tiveram pneumonia, dos quais 34 morreram. Foram realizadas pesquisas intensas para entender as causas do surto. Desde então, não foram registrados surtos graves como esse. A maior incidência é de casos esporádicos, ou seja, que acontecem isoladamente e em diferentes lugares do mundo.

O infectologista Estevão Urbano explica que os casos esporádicos são as infecções encontradas na comunidade e que não têm relação com surtos ou epidemias. Os surtos acontecem em lugares com grande concentração de pessoas, como hospitais, prisões e hotéis, que têm sistema local de aquecimento de ar, o ambiente preferido da bactéria, afirma. As infecções hospitalares são ainda mais comuns que nos outros lugares, diante do grande número de pessoas que estão debilitadas.

De acordo com Urbano, dados sobre a legionella no país são raros porque muitas vezes ela não chega nem a ser identificada. Muitos médicos não consideram a hipótese da bactéria. Realmente ainda se pensa muito pouco nessa doença. Outra questão é que nem todos os laboratórios possuem as técnicas necessárias para realizar os exames que detectam a legionella e, quando têm, são muito caros, explica.

Prevenção

A melhor forma de prevenção da contaminação por legionella, segundo o infectologista, é realizar a manutenção e a troca periódica dos filtros de ar-condicionado e do sistema de aquecimento da água. Fazer com que as comissões de controle de infecção hospitalar, que são obrigatórias em todas as instituições de saúde, sejam realmente atuantes e que tomem o devido cuidado com os mecanismos de refrigeração. È muito importante na hora da higienização e manutenção dos aparelhos de ar condicionado, que se utilizem produtos que estejam em conformidade com o Ministério da Saúde, que atendam a portaria 3523 (que diz que tem que ser higienizado os aparelhos climatizadores de ar periodicamente) e também que esteja de acordo com a Anvisa (Agencia Nacional de Vigilância Sanitária). E de preferência que não utilizam produtos que contenham ácidos, que pode estar corroendo a camada da serpentina dos aparelhos climatizadores.

Fonte: Diário da Tarde – 20.09.2006

http://www.sinmedmg.org.br/w3/listaNoticiaCompleta.do.def?codigo=279

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